Política
Veja quem é o desembargador Kassio Marques, aposta de Bolsonaro para o STF
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deve escolher o desembargador Kassio Nunes Marques, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), para ser o novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Natural de Teresina (PI), Kassio Marques tem 46 anos de idade e integra o TRF-1 há quase uma década – o nome dele foi aprovado pela então presidente da República, Dilma Rousseff (PT), em 19 de abril de 2011.
Marques é católico – apesar de o presidente Jair Bolsonaro ter adiantado, em diversas ocasiões, que iria escolher um ministro “terrivelmente evangélico” para uma das cadeiras que ficariam vazias no STF.
O Metrópoles apurou que, na manhã desta quarta-feira (30/9), o presidente comunicou a ministros que já tinha definido um magistrado para ocupar a cadeira. O nome do desembargador, contudo, causou surpresa.
Marques estava fora da lista de possíveis candidatos ao STF, composta pelos ministros da Secretaria-Geral, Jorge Oliveira, e da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, além de nomes do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Quinto constitucional
Kassio Marques é representante do quinto constitucional – que destina 20% das cadeiras dos TRFs a membros do Ministério Público e a advogados com mais de dez anos de atividade profissional – da advocacia no TRF-1.
Marques também é visto como um desembargador bastante produtivo, uma vez que profere mais de 600 decisões por dia. Ele assumiu a vice-presidência do tribunal regional federal em abril de 2018.
Antes do TRF-1, Kassio ocupou cargos na Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Piauí (OAB-PI), e foi suplente do Conselho Federal da OAB. Ele também foi juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE/PI).
Já em relação à vida acadêmica, Kassio Nunes tornou-se bacharel em direito pela Universidade Federal do Piauí (UFPI) e continuou os estudos em universidades na Europa, como na Espanha, em Portugal e na Itália.
A vaga a ser ocupada por Kassio é, hoje, do ministro da Suprema Corte Celso de Mello, que decidiu antecipar a aposentadoria para o dia 13 de outubro por razões estritas e supervenientes de ordem médica.
Metropoles